Entrevista com Bruno Sibella, da 4VR

As pequenas empresas agora podem usar o poder da realidade virtual.

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Museu de Realidade Virtual

Nestes tempos de “novo normal”, por causa da pandemia de Coronavírus, qualquer coisa que possa ajudar na relação entre negócios, serviços e clientes é mais que bem-vinda. Agora que a interação pessoal assim como a questão de se tocar em objetos tornou-se um problema, o uso de uma tecnologia inovadora como a realidade virtual parece ser uma ótima solução.

Wave conversou com Bruno Sibella, um dos co-proprietários da 4VR, uma empresa de tecnologia no Canadá que traz uma nova abordagem para negócios e clientes. Também conversamos com Bruno sobre o terceiro aniversário de seu programa de rádio que ele faz com sua esposa, o Brazilian Radio Show, em julho.

Wave – Você pode explicar o que é “VR” da maneira mais simples possível?

Realidade virtual significa “quase-realidade” e geralmente se refere a um tipo específico de emulação de realidade. Em termos mais técnicos, a Realidade Virtual é um ambiente tridimensional gerado por computador, que pode ser explorado e interagido por uma pessoa. Essa pessoa se torna parte desse mundo virtual ou está imersa nesse ambiente e, enquanto estiver lá, é capaz de manipular objetos ou executar uma série de ações. A 4VR está focada em uma aplicação específica dessa tecnologia, na qual criamos panoramas interativos. Esses panoramas são fotos em 360 graus onde inserimos um conteúdo com o qual um usuário pode interagir.

Wave – Como você se envolveu em VR e consequentemente com a empresa?

Juntamente com minha esposa Izabel, somos co-fundadores, foi assim que nos envolvemos. E fomos levados a isso por causa de nossa vasta experiência profissional na criação de filmes e fotos de alta qualidade. A VR é baseada em fotos e vídeos em 360 graus, portanto, foi quase um passo natural saber como usar melhor as câmeras especiais, capturar o conteúdo e, a parte mais difícil, como organizar tudo intuitivamente.

Wave – Como o negócio começou?

Este grupo de 4 amigos muito especiais, inclusive eu, se uniu com a idéia de iniciar uma empresa no Canadá. Três de nós já morávamos em Kitchener e convidamos outro amigo que atualmente mora nos EUA, mas que também tem vontade de se mudar para cá. Nós nos complementamos e, juntos, somos uma equipe que gosta de colaborar para criar algo maior que a soma de nossas habilidades.

Wave – Como as empresas que você contatou até agora reagiram a esse conceito inovador? Qual é a vantagem para uma empresa usar Realidade Virtual?

Inicialmente, ainda há um pouco de ceticismo. Existe um senso comum geral de que a VR é cara, exige muito tempo para produzir e só pode ser experimentada por alguém com um dispositivo adequado de VR. Nada disso está correto. E é aí que todos ficam empolgados porque a 4VR está disponibilizando essa incrível tecnologia para qualquer empresa, pequena ou grande.

Wave – Quais os desafios para iniciar um negócio na indústria de VR?

Tivemos que encontrar as ferramentas certas para trabalhar, que tornariam o processo fácil e acessível. Além disso, tivemos que criar nossa plataforma para hospedar o conteúdo de VR que criamos. A necessidade de termos a nossa plataforma provocou o que acreditamos ser a inovação; o avanço não apenas ajudará a hospedar o conteúdo, mas também oferecerá uma maneira muito especial de navegar e interagir. Essa navegação está em construção, mas posso dizer que todos ficarão entusiasmados com o quão intuitiva será a nossa plataforma.

Wave – Qual é o processo de produção de um vídeo quando uma empresa contrata os seus serviços?

Primeiro, discutimos qual é o seu principal objetivo. Em geral, o cliente quer mostrar seus negócios. Avaliamos se nosso cliente tem ou precisa trabalhar na marca e no site da empresa, pois as pessoas começarão a visitar e ver sua imagem e, idealmente, farão negócios através do site. Idealmente, tentamos visitar o local, ou locais, com antecedência, para planejar. Depois, temos o dia da filmagem, quando passamos 1 ou 2 horas fazendo vídeos e fotos em 360 graus. Depois disso, produziremos o Virtual Reality Tour, usando fotos e vídeos em 360 graus, além de outros materiais disponibilizados. Também desenvolvemos um QR-Code para facilitar a publicidade do VR Tour.

Wave – Em alguns vídeos, um “i” aparece. Você pode explicar o que as pessoas devem fazer com isso? Essa função faz parte do pacote no qual eles se inscrevem? Ou é extra?

Significa clicar nele. Esse “i” significa que há algo mais lá. Às vezes é uma foto, às vezes um vídeo explicando um processo ou contando a história por trás de um produto ou de seus componentes. Na maioria das vezes, esse “i” existe para chamar a atenção dos usuários para um palestrante, alguém que explica alguma coisa, como se o usuário estivesse lá conversando com uma pessoa.

Wave – Gostaria de adicionar mais alguma coisa sobre VR?

Bem, saindo desses diferentes tempos de pandemia, a maioria das empresas em nossa comunidade está lutando para se reerguer. Queremos ajudá-los a se reconectar com seus clientes antigos, mas também a conquistar novos.

Wave – Mudando de assunto, seu programa de rádio está prestes a ter seu terceiro aniversário. Existem planos para comemorar neste momento difícil?

Izabel e Bruno Sibella, responsáveis pelo Brazilian Radio Show

O “The Brazilian Show” no CJIQ está completando três anos. Diferentemente dos aniversários passados, este ano não seremos capazes de reunir a comunidade para comemorar. Mas estamos preparando um show virtual especial. Estamos planejando lembrar grandes momentos desde que começamos a fazer o show aos sábados, transmitido no CJIQ 88.3fm para Kitchener-Waterloo e região sul de Ontário e também no Facebook e YouTube.

Ao longo dos anos, alcançamos pessoas de todo o mundo e pudemos trazer alegria e diversão a muitos ouvintes e espectadores. Poderíamos ajudar os membros da comunidade em momentos de necessidade, também poderíamos falar sobre negócios da comunidade local.


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