Podcast no foco da Wave Digital

Entrevista com a dupla de produção Christian Pedersen e Ana Carolina Botelho

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Dupla de produção dos podcasts da Wave Digital: Christian Pedersen, Diretor, e Ana Carolina Botelho, Coordenadora Geral

Em 2018, a (Brazilian) Wave Canada se transformou em um veículo de comunicação multimídia ao lançar o seu primeiro podcast, Como é no Canadá.” Dirigida por Christian Pedersen, a série foi, e continua a ser, um sucesso, oferecendo informações aos brasileiros que já vivem no Canadá e, também, àqueles que programam imigrar para cá.
Em 2019, foi a vez da série “Wave-on-the-go“, um podcast com reportagens interessantes e leves sobre artistas, músicos e atores brasileiros, que conta com boas novidades agora em 2021.

Em dezembro de 2020, com a participação de Ana Carolina Botelho e de Christian Pedersen, a (Brazilian) Wave Canada passou a oferecer a seus leitores e ouvintes o sugestivo e oportuno podcast: “Ontário não é só Toronto“. A série revela exemplos de brasileiros que moram em pequenas e médias cidades da província de Ontário e, através de suas experiências, mostra ser possível – e às vezes até desejável – morar, estudar e trabalhar em outras localidades e não apenas em Toronto.

E é sobre esta série “Ontário não é só Toronto” da (Brazilian) Wave Canada, que vamos conversar com Christian e Ana.

Arthur: Christian, antes de falarmos sobre a já vitoriosa série “Ontário não é só Toronto“, pediria para você explicar o que é um podcast e como o público pode acessá-los.

Christian: Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é. É um arquivo de áudio que você pode ouvir em uma plataforma, às vezes ao vivo. O bom também é que você pode baixar para o seu celular ou para o seu computador e ouvir onde, como e do jeito que você quiser. O público pode acessar os nossos podcasts diretamente no portal WaveCanada.ca ou, também, no recém-inaugurado WavePlus.ca, espaço digital dedicado aos nossos podcasts multilíngues.

Arthur: Como surgiu a ideia de criar uma série sobre os brasileiros que escolheram morar em Ontário, mas não em Toronto?

Christian: A primeira ideia foi falar de outras cidades de Ontário, já que Ontário é a província mais populosa do Canadá e é uma província enorme. Mas quase não se fala de outros lugares! Então, pensamos que uma forma interessante de se conhecer essas cidades seria através das experiências de outros brasileiros que moram nesses lugares. Aí fomos pesquisando e encontrando brasileiros de várias regiões de Ontário.

Ana: Tomando como foco a província de Ontário, nós quisemos mostrar que há outras boas opções, porque Toronto é bacana, mas é uma cidade cara e muito pressionada. Para indicarmos essas outras possibilidades, para quem já mora no Canadá ou que quer imigrar, avaliamos que o melhor seria que brasileiros que moram fora de Toronto contassem suas histórias.

Arthur: Quais as principais diferenças entre as chamadas cidades do interior do Brasil e do Canadá?

Ana: Poucas cidades brasileiras do interior oferecem a qualidade de vida que encontramos nas do Canadá. Enquanto no Brasil as oportunidades estão nas capitais, no Canadá percebe-se que há uma valorização, também, das cidades menores. Empregos, aluguéis mais baratos, possibilidade real de compra de um imóvel próprio, presença de um bom sistema de educação, espaços de recreação ao ar livre e serviços de saúde de qualidade foram características positivas de suas cidades, indicadas pelos nossos entrevistados.

Christian: Em muitos casos, quando a pessoa tem boa moradia e bom trabalho, ela banca o ir e vir a Toronto, porque nem todas as cidades são tão distantes. Então, as pessoas moram lá, têm um trabalho lá, mas vêm passar um fim de semana em Toronto, para momentos de lazer ou coisas mais específicas. Daí, elas têm um pouco dos dois mundos…bem interessante!

Ana: A maioria de nossos entrevistados apontou que viver no Canadá exige reinvenção —“ah! Então tá. Eu vou morar a 60 km de Toronto porque eu quero esse tipo de escola para os meus filhos e essa é uma decisão que cabe no planejamento da minha vida aqui”. Então eu vejo que incorporar o planejamento como forma de se alcançar o sonho é uma parte importante desta reinvenção.

Arthur: Ao completar os 10 episódios, quais foram as principais vantagens, segundo nossos entrevistados, em escolher outra cidade em Ontário e não a sua capital, Toronto?

Christian: Deu para perceber que muitos se mudaram para cidades menores estimulados por moradias mais baratas. Mas, tem aquele lado também: “vou sair de Toronto, uma cidade que eu gosto muito. Mas no fim, vai valer a pena, porque eu vou ter um estilo de vida melhor”. Esta é a vantagem: melhoria na qualidade de vida, em termos de economia, moradia, emprego ou estudos.

Ana: Nós entrevistamos pessoas de diversas idades e em diferentes momentos de vida. Para todos eles, morar fora de Toronto trouxe melhores possibilidades. Para os mais idosos, e com filhos, a tranquilidade e a segurança apareceram como grandes vantagens. Para os mais jovens, a presença de universidades e colleges foi um aspecto. Deixaram, contudo, a ressalva: “não existe paraíso, não existe um lugar perfeito”.

Arthur: Como tem sido a repercussão do podcast “Ontário não é só Toronto”?

Christian: Bastante interessante, porque o podcast é uma mídia recente e, na mídia brasileira aqui no Canadá, não é ainda muito comum. A série “Ontário não é só Toronto” tem sido legal, porque as pessoas, nesta história de se reinventarem, se descobrem também e se veem estimuladas a repensarem decisões — “de repente eu posso fazer diferente!”. Também, se reconhecem nas experiências dos imigrantes brasileiros mais antigos — “posso chegar ao Canadá mais preparada e com mais conhecimento, porque a experiência de outros já me indica um pouco sobre o que fazer e o que não fazer aqui”.

Ana: Acho que cativamos o público ao oferecermos, em plena pandemia, um podcast útil e com o tom da proximidade. Para quem o escuta, é como estar ali na sala, conversando com a gente. Mas, cada episódio, vale também para os nossos entrevistados, porque tiveram a oportunidade de contar e compartilhar com muitos as próprias histórias, com seus sucessos e insucessos.

Christian: Neste sentido, em nome da equipe da (Brazilian) Wave Canada, agradeço à Mayah, à Rita, ao Leonardo, à Patrícia, ao Roberto, à Marina, à Caroline, à Angelita, ao Armando e ao Flávio pelas experiências que compartilharam conosco. Agradecemos à agência Ontario Creates, do governo de Ontário, pelo patrocínio que tornou possível o desenvolvimento do podcast “Ontário não é só Toronto”.

Arthur: Depois de três séries de sucesso, vem por aí uma nova rodada de podcasts?

Christian: Sim! E são boas novidades! Já temos novos episódios da série “Wave-on-go“, com entrevistas com o grande Tony Ramos, o ator e cantor Sidney Magal e, também, com o chef de cuisine Érick Jacquin.

Também, acabamos de lançar um podcast diferente de tudo o que a gente já fez até agora. A série se chama “Canadian English: Quirky, Eh!” e apresenta peculiaridades do inglês canadense. Seus 10 episódios, totalmente em inglês, servem para quem quer aprender um pouco mais do idioma e também para aqueles que querem se aprofundar na cultura canadense.

Ana: Os episódios dessa nova série foram desenhados para serem escutados fora de sequência e são muito ágeis e leves. E essas qualidades é que fazem dele um produto diferenciado!

Christian: Vale então um agradecimento à Lauri Richardson, que desenvolveu o conteúdo da série, e ao Eric Major, professor de English as a Second Language. Ambos cederam suas vozes para esta série. Agradecemos, também, o apoio da agência Canada Periodical Fund e esperamos por você em nossa nova plataforma WavePlus.ca

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