Rodrigo Barros

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Um brasileiro dentro do mundo dos games.

Por Thais DNT

Você já pensou em ter como trabalho desenvolver jogos de video game? Sim, é possível! Esse é o trabalho do brasileiro Rodrigo Barros, de 32 anos.

Há 6 anos morando no Canadá, em Montreal, Rodrigo trabalha para uma das maiores empresas de games do mundo: Ubisoft. No seu currículo, estão jogos como Prince of Persia – Forgotten Sands, Assassin’s Creed – Brotherhood e Assassin’s Creed 3.

Seu trabalho consiste em implementar regras e funcionalidades do jogo, que são definidas pela equipe de Game Design. Sua função recebe o nome de Gameplay Programmer.

Rodrigo nasceu em João Pessoa e mudou-se para o Recife na época de seu mestrado. Durante seus estudos em Informática, sempre pensou em trabalhar com jogos de video game. “Assim como várias pessoas da minha geração, os games sempre fizeram parte da minha vida, desde a infância. O meu interesse por jogos foi um dos motivos que me fizeram optar por uma formação em Informática”, ele ressalta.

Rodrigo Barros

Na época de seu mestrado, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Rodrigo teve aula com um dos pioneiros no ensino de games no Brasil, o professor Geber Ramalho. A possibilidade de trabalhar com jogos se tornou ainda maior após seu mestrado, quando ele conseguiu seu primeiro emprego numa empresa de jogos para celulares chamada Meantime.

A decisão de se mudar para o Canadá ocorreu quando ele ainda estava na graduação, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Durante dois semestres de seu curso, Rodrigo teve a oportunidade de fazer intercâmbio na University of Manitoba, em Winnipeg, Canadá. “Voltei para o Brasil com a ideia de um dia tentar voltar para cá. Enquanto trabalhava, tomei conhecimento do processo de imigração para cá. E resolvi investir nessa ideia”, explica.

Em 2007, Rodrigo desembarcou em Montreal como imigrante. A escolha pela cidade se deu pelo seu sonho, que era o de, um dia, trabalhar na Ubisoft, empresa que realizou um de seus jogos preferidos, Prince of Persia: Sands of Time, além da cidade ser considerada um dos polos da indústria de video games na América do Norte.

Como toda adaptação, Rodrigo teve bons e maus momentos. “Primeiramente, como todo imigrante pode confirmar, sair do seu país em caráter mais definitivo é sempre um processo um pouco complicado; deixar a família, amigos e toda a sua vida para trás não é nada fácil. Segundo, tinha a barreira da língua. Já tinha um bom nível de inglês quando tomei conhecimento do processo de imigração, contudo, nunca tinha estudado francês”, conta o programador de jogos.

Antes da Ubisoft, Rodrigo trabalhou na Eletronic Arts Mobile (EA), onde pode adicionar em seu portfolio jogos como Tetris, Fifa, Bejeweled e The Sims. “Acho que o mais legal dessa indústria é saber que o seu trabalho é reconhecido e apreciado por tantas pessoas. É muito gratificante ver a reação das pessoas ao jogar um jogo que você ajudou a criar”, comenta Rodrigo.

Apesar do ambiente de trabalho ser divertido, dinâmico e interessante, Rodrigo explica que há momentos de pressão, como em qualquer profissão: “É verdade que às vezes passamos por fases um pouco estressantes, principalmente perto do final de uma produção, mas isso faz parte da brincadeira”.

Mesmo passando todo o dia trabalhando com games, ele ainda joga durante o seu tempo livre: “Eu gosto muito de jogar no meu tempo livre, até porque, ao contrário do que muita gente pensa, trabalhar com jogos não significa que você passa o dia jogando, pelo contrário, você passa o dia trabalhando”.

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