Victor Mansure assume time com deficiência auditiva

Ex-atleta brasileiro é técnico da seleção de basquete da Associação desportiva de surdos do Canadá.

O ex-atleta profissional Victor Mansure, 27 anos, foi escolhido pela Associação Desportiva de Surdos do Canadá (Canadian Deaf Sports Association – CDSA) para assumir a seleção canadense de basquete de deficientes auditivos. Em 2009, Mansure atuou como assistente técnico da equipe no Campeonato Mundial Sub 21 na Polônia. O próximo confronto internacional já tem data marcada; será em setembro, na cidade de Palermo, na Itália.

Mansure atua também como técnico da equipe da Associação Desportiva de Surdos do Quebec (Association Sportive des Sourds du Quebec – ASSQ). A associação tem como objetivo promover atividades físicas, recreações e esportes, além de incentivar o desenvolvimento de atletas de alto nível e organizar competições regionais e provinciais.

O atual técnico chegou em Montreal em 2005 e formou-se em Educação Física na Universidade McGill. No Brasil, jogou na seleção de basquete sub-16, no clube Fluminense, além das equipes de Londrina e São José dos Pinhais. Infelizmente, o carioca foi obrigado a deixar as quadras por problemas no joelho, mas nunca esteve em mente abandonar o basquete.

“Tinha vontade de ser técnico. Então, durante a minha graduação na McGill, me inscrevi para uma vaga de trabalho na ASSQ e fui contratado imediatamente! Após dois anos, me tornei técnico da equipe. Nos primeiros dias de trabalho, tive ajuda de um intérprete. Eu já tinha um pouco de noção da língua de sinais, porque convivi com uma moça surda e muda que ajudava minha avó, no Rio”, conta Mansure.

A quadra sempre foi o meu refúgio. A bola, o meu alicerce.

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Segundo o técnico, a maior dificuldade é sempre a comunicação, pois cada situação apresenta um desafio grande de compreensão, ainda mais quando se trata de um grupo. “Eu necessito que os meninos me olhem o tempo todo. As vezes, preciso esperar a atenção deles, ao invés de gritar, ou chamá-los pelo nome. É um trabalho que também requer paciência! Em termos técnicos, o mais difícil é o trabalho defensivo de equipe em quadra, pois requer bastante entrosamento, comunicação e energia”, explica.

“A quadra sempre foi o meu refúgio. A bola, o meu alicerce. Quero desenvolver um bom trabalho e profissionalizar ainda mais esta equipe, para que cada atleta e integrante sinta-se realizado e feliz, independente das limitações que a vida os trouxe. A motivação que o esporte traz, além dos bons valores agregados, já são suficientes para que essas crianças vivam vencendo barreiras e preconceitos”, finaliza Mansure.

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Este vídeo é para a captação de recursos para a Equipe de Basquete do CDSA.

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Canadian Deaf Sports Association – Basketball

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