Haja o que houver

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Crônica Haja o que houver: Celina Penteado (Texto e foto)

O som dessa música lindíssima, cantada por Madredeus, me levou para tão longe e por lembranças tão boas, que as lágrimas vieram suaves para molhar um sorriso de intensa felicidade.

Não tenho tido momentos assim, por motivos óbvios, mas hoje, domingo de sol aqui na Serra, foi muito bom viajar pelas estradas vividas e absorver cada passo, tropeço, pedras e arranhões. Estão todos estampados no rosto, gravados na alma…

Acompanho o passar do tempo vendo os netos das amigas chegarem, filhos partindo, separações e novos romances acontecendo. Ultimamente me divirto vendo que Safadão e Neguinho do Borel fazem sucesso, quando antes as palavras de Vinicius, Chico, Tom e Caetano, nos chegavam através do rádio, vitrolas e “walkman”. E como eram maravilhosas as melodias que embalaram nossa juventude.

Bons tempos em que se ia à praia pegar tatuí, renovando a pele do nariz e das costas a cada verão. Quando um novo namoro, acontecia em reuniões de amigos, e não em aplicativos. Tempo em que viver no Rio não dava medo e insegurança. Os carros não tinham ar condicionado e o vento entrava generoso pelas janelas escancaradas…

Telefonar para os amigos era um programa indispensável e sempre divertido. Horas a fio rindo e trocando confidências, todos os dias!

Hoje é domingo e faz sol lá fora.

Acabei de ter um longo papo com uma amiga que mora a mais de 8 mil quilômetros de distância, e foi tão bom quanto era há muitos e muitos anos.

O tempo vai continuar voando.

Haja o que houver, continuaremos a esperar que a vida volte a ter mais graça, mas sem sombra de dúvida, jamais será a mesma!

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