O modelo híbrido de trabalho em escritório e homeoffice

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O modelo híbrido de trabalho em escritório e homeoffice

O conceito de workplace, conectividade e disponibilidade para o trabalho em qualquer lugar cresceu na quarentena da Covid-19, como solução para a continuidade dos negócios. O que era prática esporádica em algumas empresas, virou rotina para milhares de colaboradores. Hoje, no Canadá e em vários outros países, o mercado considera que esse modelo de trabalho veio para ficar.

Segundo Luan Prado, da Populos, especializada em soluções de End User Computing, Infrastructure and Cloud, empresas são resilientes à incerteza, mas não querem transtornos causados pela transição na forma de trabalho. “O modelo de trabalho no futuro será híbrido: parte no escritório, parte remoto”, arrisca o empresário.

Prado evidencia que a atual conjuntura mudou o setor imobiliário, abrindo também espaço para os coworkings, modalidade que oferece maior estrutura e flexibilidade de trabalho, quando comparadas a outras soluções tradicionais. “Reocupar grandes espaços é um movimento demorado e preparar uma área para receber grande quantidade de baias, equipamentos e materiais é tarefa complexa”, afirma. “A percepção da produtividade para as empresas também mudou: o homeoffice, considerado benefício antes da pandemia, virou rotina e ainda permite que o colaborador ganhe o tempo do deslocamento diário – além de redução de custos com transporte e seguro de carro – , aumentando sua produtividade e satisfação”, completa.

O executivo aponta que, além de prover acesso aos documentos e aplicativos necessários para os colaboradores operarem remotamente, os sistemas das empresas precisam garantir segurança e experiência do colaborador. Segundo Prado, mercados verticais como Saúde, Varejo e Seguros, valorizam mais a experiência do consumidor e do colaborador do que a segurança, por conta da proximidade com o consumidor final. Já o Financeiro prioriza a segurança das informações sensíveis ou sigilosas.

Nesse cenário, hoje, o principal desafio das empresas é a transformação de sua cultura interna, na migração para homeoffice e na implementação das métricas adequadas de gestão de metas e pessoas à distância. “Além disso, a percepção do colaborador sobre o próprio trabalho mudou, uma vez que a linha entre vida pessoal e profissional está cada vez mais diluída. “A tendência é não fazermos mais essa distinção: somos também o que trabalhamos, não ‘entidades’ separadas”, reflete.

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