
Para uma criança, a participação em um bom projeto social pode fazer a diferença!
Em tempos de Olimpíadas, muitas coisas importantes acontecem. Por exemplo, as medalhas de ouro, prata e bronze conquistadas pelos atletas brasileiros. Do mesmo modo, a boa conduta esportiva daqueles que mantém o espírito esportivo e fortalecem a máxima de que o importante é competir. Assim, pela TV ou pelas redes sociais, vemos atletas de cara boa ao enfrentarem os desafios da competição. Porém, muitas vezes, nos esquecemos de que esses profissionais já foram criancas e, portanto, não nasceram prontos. Pelo contrário, deram duro na caminhada e superaram desafios.
No caso do Brasil, muitos atletas, contam que a participação em um projeto social, ainda na infância, mudou o rumo da vida deles. Assim, reconhecem a prática do esporte uma chance na vida. Por exemplo, entre tantos outros atletas, citamos os nossos medalhistas olímpicos Rebeca Andrade, da ginástica artística e Abner Texeira, do boxe.
- Abner Teixeira medalhista olímpico do boxe brasileiro, passou pelo projeto social “Boxe – Mãos para o Futuro”. O projeto foi criado em 2004, na cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo. Com um histórico de mais de 700 crianças participantes, o projeto hoje, está parado. A pandemia e a falta de investimento impediram a continuidade
Mas vale lembrar, que um projeto social educativos da área do esporte, não têm como objetivo, formar atletas profissionais. Como resultado, querem estimular as boas qualidades, as vontades e os sonhos. Por isso, investem na educação de crianças que, pelo esporte, brincam ao aprender e aprendem brincando.
- 21% das medalhas olímpicas do Brasil vieram de atletas iniciados em algum projeto social (Observatório 3o Setor, 2016).
Um projeto social esportivo ajuda as crianças a conhecerem mais sobre os seus próprios limites e possibilidades.
Saltos ornamentais para crianças na cidade de Três Rios, RJ
Três Rios fica a pouco mais de cem quilômetros da capital do estado, Rio de Janeiro. Com 82 mil habitantes, pode ser considerada como de pequeno a médio porte, para os padrões brasileiros. Vale notar que, antes mesmo da realização das Olimpíadas Rio 2016, a cidade já contava com o funcionamento de um projeto social de saltos ornamentais.
O projeto Salto para o Futuro teve o seu funcionamento garantido ao longo do período de 2013 a 2019 e contou com a participação de mais de 300 crianças. Embora esteja parado no momento, o retorno das atividades é de grande expectativa por parte de coordenadores e monitores. Mas também, e certamente muito maior, das crianças e suas famílias.
- O que é a modalidade de saltos ornamentais?
- Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos e os esportes de piscina
- Entrevista com Catherine Picinini da Seleção Brasileira Júnior
Entrevista com Andmar de Castro, coordenador e professor do projeto Salto para o Futuro de Saltos Ornamentais
Andmar Andrade de Castro, 61 anos, é funcionário concursado, que trabalha na secretaria de esporte da Prefeitura de Três Rios. Formado em educação física, empenha-se desde 2013, como coordenador e professor do projeto. Com dedicação e entusiasmo, promove a aproximação dos pais e envolvimento das crianças na modalidade de salto ornamental.
Wave – Conte-nos um pouco sobre o projeto Salto para o Futuro.
Andmar de Castro – O Projeto Salto para o Futuro é uma parceria esportiva voltada para as crianças da cidade de Três Rios. Então, há mais de sete anos a Prefeitura Municipal de Três Rios e o Clube Atlético Entre Rios realizam atividades e treinos com estudantes de 5 a 15 anos. Podem participar crianças da rede pública e da rede privada de ensino. O projeto teve início em 2013 e, no momento, por causa da pandemia, está parado.
Wave – O que é encantador neste projeto social?
Andmar de Castro – O entrosamento social e o respeito. Por que percebemos que as crianças de bairros mais afastados ou em condições mais vulneráveis, pouco conhecem a realidade de outras crianças, de fora do seu bairro ou de outros espaços sociais. Igualmente, isso acontece também, com crianças de melhores condições econômicas. Por exemplo, de um lado, participam crianças que nunca tinham tido a oportunidade de entrar e, muito menos, frequentar o ambiente de um clube social. E também, na outra ponta, crianças filhas de sócios do clube, tampouco conheciam crianças de bairros mais pobres.
Assim, na rotina dos exercício é que se dá o convívio de crianças de realidades diferentes. Os treinos de alongamentos e flexibilidade e os saltos na piscina são para todos. E ali, no fazer do esporte e das atividades em grupo, as crianças aprendem que somos todos iguais, não importando a raça ou as condições financeiras.
Wave – Como tudo começou?
Andmar de Castro – O projeto teve início em 2013 com a visita do professor e coordenador técnico da Confederação Brasileira dos Desportos Aquáticos (CBDA), Roberto Gonçalves. Logo depois e por todo o seu empenho, a CBDA nos doou bases e pranchas para completarmos os trampolins. Então, como são crianças pequenas e que estão apenas começando, isso foi muito importante. Porque assim, pudemos fazer trampolins mais baixos, de 1 e 3 metros. Pois só tínhamos as plataformas mais altas: de 5, de 7,5 e de 10 metros de altura.
Com tudo isso, então, eu me preparei com cursos e assumi a coordenação do Projeto Salto para o Futuro. Depois de treinamentos específicos para as aulas de salto ornamental, conformamosuma equipe de trabalho, juntamente com a professora Aline Ribas e o professor Osvaldo Conceição.
Wave – Do que você mais se orgulha?
Andmar de Castro – Acima de tudo, tenho muito orgulho de que, ao longo destes sete anos, mais de 300 crianças tenham passado por este projeto social, aprendendo coisas novas. Então, esperamos que, passada a pandemia, a gente possa a voltar a treinar. Porque queremos seguir contribuindo, através do esporte, na formação de mais crianças, aqui, no interior do Rio de Janeiro, na cidade de Três Rios.
Wave – Do que as criancas mais se orgulham?
Andmar de Castro – Posso dizer que as medalhas que ganhamos no Campeonato Carioca de Salto Ornamental são um orgulho para todos. Isto foi em 2016, na capital (RJ), nas piscinas do Fluminense Futebol Clube. Além da beleza do espaço aquático, foi marcante para eles, a visita à sede do Fluminense, clube onde nasceu o futebol, no Brasil.
Da mesma forma, eles gostaram da visita ao parque Júlio Delamare. Também, representou muito para eles, conhecerem de perto o Complexo Esportivo Maria Lenk, espaço onde aconteceram as competições de salto ornamentais nos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Que projeto inspirador… Parabéns!
Parabéns professor Andmar seu empenho fez estas crianças brilharem, os pais torcerem nas competições e vibrarem independente do resultado!!Além do esporte um momento família!
Que retorne em breve os Saltos Ornamentais em Três Rios. Já tem muitas crianças esperando!
Parabéns !!! É disso q o Brasil precisa
Parabéns por esse projeto, show, apoio é tudo!
Oi Márcia. Foi sim inspirador em plena Olimpíadas, escrever esta matéria. Obrigada. Siga a Brazilian Wave. Sempre escrevo por aqui.
Parabéns a todos os envolvidos nesse projeto tão bacana!
Muito orgulho do Andmar, pelo empenho e dedicação neste projeto. E relato de uma amiga e de outras mães sobre o desempenho, o amor e carinho dele comas crianças que amam ele. Um coração enorme e luta pelo que há de melhor para este projeto. Um guerreiro, um vencedor. 👏👏👏🙌🙏😍🥰😘
Parabéns, meu irmão! Muita dedicação envolvida. Parabéns Ana Botelho! Seu olhar para bons artigos é especial!!
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