Lucas Holtz é de Salvador, Diogo Cabus de Maceió. Além do Nordeste, os dois têm em comum a engenharia. Lucas é engenheiro civil e Diogo de produção. Mas as afinidades não param por aí. O empreendedorismo também está no sangue dos dois, que eram empresários no Brasil e, quando imigraram para o Canadá, procuraram logo descobrir algo que pudesse se transformar num bom negócio: foi quando a tapioca mudou a vida deles e nasceu a Osh Bites, não por acaso uma referência ao Ôxi nordestino.

Diogo já está no Canadá há sete anos, Lucas chegou há três e o amigo em comum, Pedro Sena, iniciou o contato que se transformou numa sociedade.Como bons engenheiros que são, os passos foram bem calculados. Um estudo de mercado apontou a tapioca como o produto que os brasileiros que vivem no Canadá mais sentiam falta.
“Começamos a procurar fornecedores e parceiros no Brasil para trazer a tapioca. Vimos toda a parte burocrática e o grande desafio foi que quando conseguimos trazer o nosso produto, já existiam pelo menos cinco ou seis marcas no mercado e tivemos que batalhar para conquistar nosso espaço”, lembra Lucas. Não foi fácil.
O primeiro carregamento de uma tonelada e meia ficou preso nos Estados Unidos e os empresários conseguiram vender apenas a metade antes do prazo de validade vencer. O produto teve que ser recolhido, mas o prejuízo não desanimou a dupla que foi ainda mais ousada: até então, eles trabalhavam com uma marca já existente no Brasil e decidiram encarar o desafio de criar a própria marca, com uma embalagem que permite o armazenamento de forma bem mais prática, bem ao gosto dos canadenses. O primeiro carregamento do novo produto chega agora em janeiro.
Degustação e Planos ambiciosos
Para conquistar de vez o consumidor, a equipe liderada pelos dois empresários pode ser facilmente encontrada aos sábados fazendo degustações nos locais de venda. A Tapioca Brasil estará disponível em 19 mercados, mas os planos são de expansão.
“A ideia é transformar a nossa empresa em referência para os brasileiros que chegam ou já estão aqui no Canadá. Temos outros produtos em estudo, como requeijão, e além disso há uma estratégia para reduzir custos e oferecer preços melhores ao consumidor. A meta é colocar nossos produtos não só na mesa dos brasileiros, mas também dos portugueses, canadenses e outras etnias,” planeja Diogo.
Ambicioso, mas não impossível. A tapioca, que é o carro-chefe no momento, é um alimento saudável e saboroso, não tem glúten e combina com os mais variados recheios. Alguém dúvida que o Canadá vai resistir a esta delícia? Façam suas apostas!
Dois guerreiros!! Sucesso!!