Copa do Mundo 2018

Rússia faz abertura goleando a Arábia Saudita. Brasil continua firme.

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Não é por um acaso que o pontapé inicial da Copa do Mundo de 2018 tenha sido dado por um brasileiro, o Ronaldo Fenômeno. Da mesma forma, não foi por acaso a escolha do brasileiro Neymar para divulgar a Copa da Rússia nos cartazes espalhados pelos pontos de ônibus de Toronto. O Brasil é e continua a ser uma referência do futebol mundial. E, por falar em referência, o meu oráculo para assuntos futebolísticos é o jornalista e radialista mineiro Chico Maia. Ele não fez a cobertura da Copa de 1946 por dois motivos: um, porque ainda não tinha nascido e o outro porque não teve Copa naquele ano por causa dos traumas da segunda guerra mundial. Mas, nas últimas oito Copas do Mundo, lá esteve o nosso Chico Maia. E lá está ele em Moscou, enviando as últimas via internet.

Com a duração de apenas 15 minutos e a participação de 800 pessoas, o show de abertura da Copa do Mundo de 2018 foi promovido pelo Canal 1, da Rússia, com astros locais e contou também com a participação do cantor britânico Robbie Williams. Ao contrário das outras aberturas, que davam mais enfoque à cultura do país anfitrião, a Copa de 2018 teve um caráter mais internacional. Na tribuna de honra, o presidente Putin, ao lado do presidente da FIFA, Gianni Infantino, falou do amor dos russos pelo futebol e do esforço de todos para oferecer ao mundo um espetáculo nas quatro linhas. Conhecidos ex-jogadores e técnicos também participaram da festa. Além do Ronaldo Fenômeno, lá estava Diego Maradona. E entre os técnicos, José Mourinho (que em 2011 foi considerado o melhor treinador do mundo pela FIFA) e o nosso Luiz Felipe Scolari. O grande ausente, por motivo de saúde, foi o rei Pelé.

Mas, a verdade é que a Copa da Rússia mexeu também com a política em todos os continentes. Os norte-americanos tentaram um boicote esportivo e acabaram conquistando alguns países para um boicote diplomático. No entanto, pelo menos 15 presidentes ou chefes de governo compareceram ao Estádio Lujiniki, em Moscou. A chamada grande imprensa, claro, não deixou de criticar as autoridades presentes, publicando que foram apenas representantes de países inexpressivos. Mas, para a Rússia, não teve nada melhor do que a goleada no jogo da abertura. Mesmo que tenha sido nas redes da Arábia Saudita. Entre os jogadores do primeiro certame, um brasileiro. Mário Fernandes, ex-Grêmio de Porto Alegre, é naturalizado russo e recusou uma convocação da seleção brasileira em 2011.

Aqui no Canadá, além de acompanhar os jogos e dos carros que passam com as mais variadas bandeiras pelas ruas, a grande notícia é que o país irá sediar, ao lado do México e Estados Unidos, a Copa do Mundo de 2026. Um dos motivos apresentados pela FIFA é que os países escolhidos já possuem uma infraestrutura esportiva. O valor de gastos estimado pelos três futuros anfitriões é de “apenas” 2,16 bilhões de dólares. Pouco, se considerarmos que a Rússia já gastou 11 bilhões e que o Brasil teria gasto cerca de 10 bilhões.

Para o Chico Maia, as seleções favoritas no banco de apostas dos jornalistas estrangeiros presentes na Rússia são: Alemanha, Brasil, Argentina, França e Espanha. E eu peço vênia para incluir Portugal entre os possíveis vencedores. Um time com a presença de Cristiano Ronaldo pode sempre surpreender. Afinal, segundo a expressão criada pelo comentarista esportivo brasileiro Benjamin Wright, o futebol é uma caixinha de surpresas.

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