Gabrielle Casara Pellin. A dona do pedaço em Montreal

Dona da confeitaria Padoca Brasileira, em Montreal

Gabrielle Casara Pellin, dona da conveiteria Padoca Brasileira, em Montreal.

Gaúcha de Caxias do Sul, Gabrielle Casara Pellin fez seu processo de imigração pela província de Quebec e mudou-se para Montreal em janeiro de 2013. Ela se apaixonou pela cidade logo que chegou por lá.

Como Gabrielle havia estudado gastronomia e já tinha experiência na área de confeitaria em hotéis e restaurantes no Brasil, juntar sua paixão com uma oportunidade em um novo país foi algo inevitável. O resultado foi abrir uma confeitaria no coração da maior cidade de Quebec, a Padoca Patisserie, onde produz e vende bolos, croquetes, pastéis, sanduíches, enfim, o sabor brasileiro. Agora ela tem duas lojas por lá!

A Wave conversou com a empreendedora sobre suas confeitarias, seu desafios e a comunidade brasileira em Montreal.

Wave: Porque você decidiu abrir uma confeitaria em Montreal?
Gabrielle: É a minha área de formação, e o que eu adoro fazer. Vi que faltava uma confeitaria, um café com lanches no estilo brasileiro e vi uma oportunidade. 

Wave: Como foi abrir a Padoca (agora duas) em Montreal? Qual ou quais foram os maiores desafios em relação à burocracia de Québec?
Gabrielle: Abrir uma empresa, um comércio é difícil em qualquer lugar. Você precisa de muita energia, capital e conhecimento, principalmente no começo. No início não tinha muito conhecimento sobre a burocracia no Quebec, mas com o tempo fui aprendendo. Hoje consigo lidar com mais tranquilidade. 

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Wave: Existem diferenças entre o Brasil e Canadá como ingredientes e até mesmo em relação ao tipo de fogão. Como foi adaptar a fabricação e até receitas e produtos brasileiros pro Canadá?
Gabrielle: Não tive nenhum problema com os ingredientes e a maneira de produção. Tudo pode ser encontrado ou adaptado. A única mudança que eu lembro de ter feito foi na quantidade de açúcar de algumas receitas, que preferíamos diminuir para poder agradar um pouco mais a clientela local. 

Wave: Qual foi a receptividade do canadense (ou não brasileiros) em relação aos seus produtos?
Gabrielle: Na maioria das vezes tudo é aprovado. Eles gostam bastante.  Acontece de algumas pessoas são gostarem, mas é normal em qualquer comércio. Acredito que a aceitação tem sido excelente.  

Wave: Porque vocês escolheram Longueuil para a filial? Você tem planos de abrir outras?
Gabrielle: Acho que fomos escolhidos por Longueuil. Estávamos procurando um local para uma nova cozinha de produção. Não queríamos uma outra loja, somente a cozinha para produção. Procuramos em vários lugares, diferentes cidades próximas de Montreal. Fomos até a uma pequena cidade em torno de 40km de Montreal, e nada. Quando encontramos esse lugar em Longueuil, sabíamos que era um lugar bom e acessível, e ainda poderíamos abrir mais um ponto de venda. Não poderia ter sido melhor. 

Wave: Qual seria o seu conselho ou dica para quem gostaria de abrir um negócio em Montreal?
Gabrielle: Pesquise muito sobre a legislação referente ao seu nicho, pesquise muito sobre a burocracia da cidade e da província, tenha um bom capital de giro, um bom contador e um advogado. Tenha cuidado se o seu negócio precisa de muita mão de obra, essa é umas maiores dificuldades que eu senti, desde o início da Padoca.  

Wave: Qual ou quais doces ou salgados você mais gosta?
Gabrielle: Amo pastel, brigadeiro e bolo de chocolate. 

Wave: Como você vê a comunidade brasileira em Montreal? 
Gabrielle: Acho a comunidade brasileira de Montreal incrível. Graças a essa comunidade crescemos muito. A comunidade apoia muito os comércios e serviços feitos por brasileiros, e sempre tem uma rede de ajuda mútua. Se você precisar de algo durante sua experiência em Montreal, pode contar com a comunidade brasileira.  
Wave: Existe algo que gostaria de acrescentar?
Gabrielle: Gostaria de dizer que fico muito feliz e agradecida com o reconhecimento da Padoca. Espero estar contribuindo para a nossa comunidade aqui no Quebec. 

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