Ferreira Gullar, poeta, ensaísta, crítico de arte, tradutor, biógrafo e colunista da Folha de S. Paulo desde 2005, morreu por volta das 10h deste domingo, 4 de dezebro, aos 86 anos.
Segundo Maria Amélia Mello, amiga e editora de Gullar, o poeta faleceu de pneumonia. Ele estava internado no hospital Copa D´Or, no Rio de Janeiro, há cerca de 20 dias devido a insuficiência respiratória.
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Foi o postulante da cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras, na vaga deixada por Ivan Junqueira, da qual tomou posse, ironicamente, em 5 de dezembro de 2014. Um dos fundadores do neoconcretismo, o poeta participou de todos os acontecimentos mais importantes da poesia brasileira.
Ferreira Gullar nasceu em São Luís, em 10 de setembro de 1930, com o nome de José Ribamar Ferreira. É um dos onze filhos do casal Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart.
Sobre o pseudônimo, o poeta declarou o seguinte: “Gullar é um dos sobrenomes de minha mãe, o nome dela é Alzira Ribeiro Goulart, e Ferreira é o sobrenome da família, eu então me chamo José Ribamar Ferreira; mas como todo mundo no Maranhão é Ribamar, eu decidi mudar meu nome e fiz isso, usei o Ferreira que é do meu pai e o Gullar que é de minha mãe, só que eu mudei a grafia porque o Gullar de minha mãe é o Goulart francês; é um nome inventado, como a vida é inventada eu inventei o meu nome”