Províncias de Alberta e British Columbia têm recebido cada vez mais estudantes brasileiros.

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A Caminho da Terra do Maple.

Por Lucia Longo

Flávia Figueiredo e Filhas
Flávia Figueiredo e filhas

A busca pela qualidade de vida, a possibilidade de conseguir um visto de residência permanente e a inserção no mercado de trabalho são alguns dos atrativos.

Juliana Fernandes é uma das estudantes que busca uma oportunidade no Canadá. Ela chegou em 2016 em Calgary, Alberta com visto de estudante, aprimorou o inglês por dois anos e trabalhou como vendedora e caixa em lojas e em um supermercado. No início, ela conta que não foi nada fácil, pois já tinha dois diplomas e uma boa experiência no Brasil como consultora tributária, mas a falta do idioma foi um grande empecilho. “Minha maior dificuldade foi o inglês, pois o que eu aprendi no Brasil não foi suficiente para compreender e ter boa fluência. Outra dificuldade foi conseguir um trabalho na minha área. Muitas empresas procuram pessoas que possam trabalhar 8 horas por dia e como estudante podemos trabalhar 20 horas semanais”.

Juliana Deck da Entry Canadá

Os obstáculos que a estudante Juliana enfrentou são comuns. De acordo com Juliana Deck, consultora regulamentada de imigração canadense da agencia Entry Canadá (entrycanada.com) há um período de adaptação, é preciso fazer equivalência do diploma e ter um bom conhecimento de inglês e/ou francês além do grau de escolaridade. Juliana Deck enfatiza que o estudo e trabalho são fatores que fazem diferença. “Além de aumentar a pontuação no programa federal de imigração, “Express entry”, abre as portas para os programas provinciais. “Aqueles que  não possuem pontuação suficiente para receberem um convite à residência permanente já do Brasil, têm a opção de vir estudar e trabalhar no Canadá.”

O aumento de estudantes é um ponto positivo. “O Canadá precisa de mão-de-obra qualificada estrangeira para o crescimento da economia. Quando o estrangeiro possui escolaridade canadense, ele entra mais facilmente no mercado de trabalho”, completa a consultora de imigração.

Gustavo Urzua e esposa

O engenheiro elétrico Gustavo Urzua tem a mesma opinião. Ele chegou em Vancouver com a esposa no ano passado, para fazer uma pós-graduação em Business. Trabalha part-time e pretende aplicar para cidadania canadense. O casal escolheu Vancouver, pois se encantou com o que a cidade oferece: segurança, bom transporte público, vias de acesso para bicicleta, parques, praia, pessoas receptivas, clima agradável e destaca que o poder aquisitivo é melhor que do Brasil. “Com salário mínimo é possível ter o básico para viver e estudar”.

Satisfação e orgulho. Esses são alguns dos sentimentos que a família de Flávia Figueiredo sente após ter completado 3 anos no Canadá. Seu marido chegou com visto de trabalho e ela com visto de estudante. Apesar dos desafios ao chegar num país sem conhecer ninguém, sem dominar o idioma, com duas crianças pequenas, ela venceu um período de stress. Hoje, terminando o curso de Business, espera inserir-se no mercado de trabalho. “Perseverança e dedicação são a chave de tudo” completa Flávia olhando para as filhas. “O Canadá é um país onde as coisas acontecem se você se dedica” .    

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