A história da humanidade é marcada também por ódio, puro, simples e em suma maioria, sem razão de existir. Muito desse sentimento foi marcado pelas raças dominantes, diversos tipos de elite em momentos históricos variados. Momentos de opressão normalmente tem mais lembranças, livros, estudos que destacam determinadas personalidades por seus atos cruéis, tais como: Adolf Hitler, Josef Stalin, Mao Tsé-Tung entre outros.
Hitler proclamava que seus atos só deram certo porquê o povo na verdade corroborava com suas ideias, ele às representava, sendo uma bandeira, sendo a voz do povo representando a voz de Deus. Isso não sendo mera falácia, tornou-se igualmente aplicada por outros ditadores, líderes que atuaram com liderança coercitiva. Massa de manobra para pegar as rédeas da sociedade e montar um palco perfeito para o controle ideológico, econômico e social.
Às Américas também tiveram seus ditadores, homens como Augusto Pinochet, Rafael Carrara, Eloy Alfaro e Fidel Castro, tiveram cada um com sua característica, longas dinastias. A política, posição social e econômica em suma maioria são as fontes que mais anseiam por ódio. O que tira a hegemonia de tais tópicos de ódio é o preconceito racial, que em um país como o Brasil – último país do ocidente a abolir a escravidão, sempre foi pauta deixada à margem, tanto pelos governos, quanto pela elite.
Panorama em diversos países espalhados pelo mundo, o racismo parece sempre estar no cio, a cor da pele ainda parece ser objeto de asco, de diferença, de desamor, forjando as batalhas mais grotescas no cotidiano dos negros existentes até em países desenvolvidos. A Europa ainda vive uma onda de racismo nos estádios, oriunda de torcidas extremistas que vão aos estádios prontas para vomitar seu ódio. Transformando os estádios em um antro “requintado” a serviço do ódio.
Nos últimos anos uma onda extremista/conservadora tem tomado conta do mundo, com isso Hitler dizia: “minhas ideias só deram certo porquê no fundo às pessoas pensam igual a mim”. Sendo assim, a troca de respaldo para disseminar o pensamento não inclusivo e totalitário vai ao encontro dos projetos de governo e visão de uma sociedade que em suma pode estar sendo vítima de alienação.
O pensamento binário condiciona a sociedade aos mais variados pensamentos de extremismo, o cidadão de esquerda – por vezes chamado comunista, o cidadão de direita – por hora chamado de fascista. Tais rótulos jogados ao vento banalizam o discurso, colocam o fascismo e comunismo no balaio que não os cabem – sendo objetos históricos dos mais controversos estudos, muitas vezes são argumentos corriqueiros nos mais variados ambientes para definir determinada ideologia contrária.
O Brasil atual está adicionando o pobre a sua lista de odiados, oriundo de ideias elitistas as classes mais baixas sofrem com falta de infraestrutura, financiamentos na educação e alimentação. A turma dos que subiram recentemente para classe mais “favorecida” – a chamada classe média, cospem no prato que comeu. Corroborando com a tese econômica, a classe média se enxerga por deveras como classe alta – ao invés de classe dominante. O abismo entre classes aumenta mais ainda por sua diversidade ideológica, não consegue criar um nicho para que a massa possa mostrar seu poder.
Portanto, talvez a ferramenta mais eficaz contra toda forma de preconceito, racismo, ódio contra a sociedade em todos os nichos, seja a união de classes. Seja dos mais aventurados ao mais pobres, não existe uma sociedade que saboreie a igualdade sem educação, respeito e a arte de se enxergar no próximo.