Toronto – A escritora Fátima Mesquita

Fátima Mesquita, escritora, tradutora, ghost-writer.

 

Em janeiro de 2003 a escritora Fátima Mesquita desceu de “mala e cuia” no Pearson Airport de Toronto.

Apaixonada pelo país desde o casamento de seu irmão em 2000, quando esteve por aqui, quando esteve de volta ao Brasil, sentiu que queria a calma e a segurança do Canadá.Escritora desde pequena, esta mineira de Belo Horizonte, em São Paulo lecionou redação em cursinhos, foi redatora de rádios, escreveu para TV, jornais e revistas e fez roteiro de videos.

Escrever é um exercício que traz muito prazer à escritora que lançou seu primeiro livro em 1999. Atualmente eles são 12, sem contar com as traduções e os que escreveu como ghost-writer.

Com seu estilo, aprendeu a diversificar trabalhando como escritora de aluguel. Se diz influenciada pelo rádio com ritmo de locução em voz alta e pela TV com sua narrativa cinematográfica cheia de imagens. “Escrevo tentando imitar o riacho da roça tentando dar fluência total ao passeio do leitor, mas colocando umas pedrinhas para fazer música de quando em vez.”

Fátima escreve sobre qualquer assunto que lhe for pedido mas, o maior prazer é escrever não-ficção para crianças. Descobrindo metáforas para explicar ciência, história ou direitos humanos. Confessa que a ficção lhe faz sofrer, a conversa por meses a fio com personagens imaginários é muito dolorosa. Ela tem alguns poeminhas não publicados.

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Um de seus livros foi traduzido para o alemão e o sucesso que faz por lá a diverte.
No início, para divulgar o seu trabalho, ela chegou a ser entrevistada pelo Jô Soares, Ana Maria Braga, fez lançamentos na livraria Saraiva, Livraria da Vila. Vários de seus títulos estão em sua 8ª ou 9ª edição. São adotados pelas escolas e já chegou a vender 98 mil livros de uma só vez para bibliotecas do sistema público de ensino. A venda média de 11 livros por dia, é considerada boa para um país sem tradição de leitura como o Brasil.

A escritora se derrete com cartinhas de fãs, em especial de crianças. E gosta de acompanhar os relatórios de vendas de seus livros a cada 3 meses. Sente-se animada e até envaidecida em manter a mesma média de vendas por anos a fio.

Ela que cresceu em uma época em que os vendedores de livros batiam as portas, se encantava com as coleções sobre astronomia, sobre funcionamento de máquinas ou atlas de especial beleza. Comparando com a linguagem atual Fátima diz que está mais simples, leve e acessível. O que a agrada pois ela se esforça para mostrar tudo sob uma perspectiva brasileira.

Atualmente trabalhando em dois projetos em inglês, uma ficção para adultos porque ganhou um financiamento da prefeitura de Hamilton e outro de não-ficção para crianças para uma editora canadense. No Brasil já no prelo, a primeira ficção para crianças Dias de Cão Doido e um sobre a História dos Direitos Humanos, também para crianças.

Títulos publicados:
Editora Panda: “Bem Bolado” e “Pronto para Socorro”, (versão em alemão: “Erste Hilfe!”, Redaktion 4, “Em busca da meleca perdida”, (ganhador do selo de Altamente Recomenado do The International Board on Books for Young People (IBBY), “Piratas, os personages mais terríveis da história”, “A Incrível Fábrica de Cocô, Xixi e Puns”, Almanaque de Corruptos, Tiranos e Outras Criaturas Nojentas””Almanaque de Baratas, Minhocas e Bichos Nojentos “, “Almanaque de Puns, Melecas e Coisa Nojentas”
“Amores Cruzados”, Editora Malagueta,  um Grant do Toronto Arts Council, traduzido para o espanhol da antologia “Voces para Lilith”, Editora Estruendomudo, Peru,  conto publicado na antologia “Triunfo dos Pêlos”, “Julieta & Julieta”- Editora Summus.

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